quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Não sou do tipo.



Não sou do tipo galã, nem do tipo intelectual,
Não sou do tipo cult, nem do tipo machão,
Não sou do tipo sensível, nem do tipo frio dominador,
Definitivamente não sou do tipo... Ou sou do tipo errado.
Aquele que bebe, fuma, faz merda, faz chorar.
Aquele que cuida, faz carinho, dengo, que ouve.
Aquele que sente ciúme, medo, raiva, amor.
Aquele que “quer tudo como quem não quer nada”.

Sem rótulo, sem tipo, sem jeito, sem vergonha.
Não sou e nem pretendo ser aquele dos sonhos de ninguém,
Pois expectativas só trazem decepções.
Não pretendo ter um amor eterno, nem viver na eterna putaria.
Não pretendo...

Quando a vida me der amor, amarei. Quando der dor, chorarei.
Quando der solidão, meditarei. Quando der vida, viverei.

Talvez seja o tipo certo de pessoa errada ou o errado que pode dar certo.

O certo é que quero viver intensamente cada segundo,
O certo é que quero ser FELIZ!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Momentos



Ele tem uma tarde gostosa com ela, faz aquele amor escondidinho e arriscado que trás aquela adrenalina, a noite ela passa da conta da bebida, então ele está ali, cuidando dela, no vento, na chuva, sentado na beira do rio. Sozinhos na multidão que passa pra lá e pra cá atrás deles... Curtindo aquele momento juntos. Pessoas passam e comentam, riem, mas a maioria acha bonitinho, romântico. Então alguém passa e fala: Que lindos, curtindo a fossa juntos e canta “amor i love you"
Ela então começa a cantar a música pra ele, baixinho no ouvido
Os dois cantam juntos, ali sentados, num só coro, corpo, alma, fossa.
Ela se recupera depois de algumas horas, eles então já riem tranquilamente da situação.
Poucas horas depois, no caminho de volta a cidade, a realidade. Ela diz que não sabe o que sente que não sabe se quer. Ele então só diz que seja o que Deus quiser.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sinos




A porta se abriu e com ela o som dos guizos alertando a entrada de alguém,
Então desviei a atenção da tela do computador e olhei, encontrei seus olhos,
Não consegui desviar mais o olhar, desde aquele momento era seu prisioneiro,
Como uma ninfa, como Ametista me dominou com seu olhar, seu sorriso, seus cabelos.
E ouvi a sua voz pela primeira vez, como uma música de um som perfeito jamais ouvido por qualquer mortal, era a língua dos anjos que se fazia presente.
Naquele momento soube que encontrei aquela que faria meu coração bater novamente,
Que me faria ter calafrios, sentir medo, felicidade, ódio e carinho, muito carinho.
Já se passaram quatro meses praticamente, e ainda estamos aqui, juntos nessa montanha russa. Mas em verdade te digo, vale a pena cada minuto ao seu lado, cada sorriso que consigo de ti, olhar de quem quer carinho, abraço apertado, cada beijo que causa um suspiro profundo ou aquele na testa como demonstração do mais profundo respeito e ternura. Não há nada definido, posso te perder em breve, ou mesmo agora. Mas digo sem medo do que possa vir pela frente que aqueles guizos, foram na verdade sinos, Os anjos traziam amor de volta a minha vida.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O veneno quando não mata, cura.




Quantas vezes a tristeza, sempre sorrateira, invade um dia feliz,sem pedir licença
Fazendo sombra, secando o peito e molhando os olhos,  tirando a cor do dia.
Trazendo consigo seus melhores companheiros, sutis como penas e pesados como chumbo,
Vem medo, raiva, ciúme, solidão, entra sem avisar, me faz companhia.

Como num baile de máscaras se camuflam em você,
Invadindo cada pensamento como um vírus virtual,
Já dominado pelas emoções não consigo entender,
Tudo agora é você, tudo agora dói... Uma dor letal.

Então volta você como se nada tivesse acontecido, voz doce e sorriso,
Liga-me, chama, abraça, me beija como se fosse o ultimo dia,
É bem dito e sabemos que do próprio veneno é feito o antídoto,
Então o mundo volta a ter cor, o mundo volta a ter alegria.

Mas a cada dose lenta desse doce veneno,
Uma mesma fração de resistência se cria,
Já não creio que algum dia juntos, Um seremos,
E eu parta sem você, rumo ao esquecer, um dia.