segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Tapas na cara


São 8:15 da matina de uma segunda-feira típica. Peço um pingado e um pão na chapa, o velho Bukowski, que me entende bem, continua me contando sobre o cão dos diabos. Estou longe de dar alguma importância a minha dor, não sou egoísta a esse ponto. A garçonete vem com o café, com um olhar distante, inquieto, sofrido... Servindo, varrendo, aturando o humor ácido de seu chefe com cara de porco explorador. O celular só me informa a hora, não me conta o que quero ouvir... Então peço mais um café, mais energia para esse dia de ócio nada criativo. O pensamento acelera, maldita cafeína que ativa esse macaquinho mental que pula de um problema ao outro, da falta e grana aos estudos, do meu tênis furado a nova tatuagem que pensei em fazer. Nunca vi ninguém fazer uma analogia de problemas com bananas, problemas são baratos demais para isso. Quando começo a perceber pessoas gralhando a minha volta. falando sem dizer nada, felizes são elas sem julgar seus problemas complexos, sem pensar que sabem os mistérios da vida, sem achar que são  pensadores... A vida está aí pronta para te dar tapas na cara e quanto mais você acha que sabe, mais você vai apanhar.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ode a Primavera








Que a primavera venha com novos ventos,
Renovando o fôlego, vem lua nova.
Abra novos caminhos...
Mostrando que tudo se renova.

Iniciando esse novo ciclo,
Com ele o desejo de mudança,
O Anseio por paz e conquista,
E a vontade de amar... De esperança.

Deusa da primavera que renasce após a partida da anciã,
Que sua luz brilhe sobre nós através de suas filhas na terra,
Que seu perfume acalme nossas almas marcadas pelo Inverno,
Que suas flores nos tragam sorrisos sinceros e puros,
Que o brilho dos seus olhos busque a verdade no fundo dos corações,
E o toque dos seus lábios de doçura a nossos espíritos.

Que o brilho e o perfume da primavera vibrem no coração de todos os seres.







quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Depois da tempestade





Depois da tempestade o sol voltou a sorrir para mim,
Seu brilho noturno em plena sexta-feira fumegante,
Depois de tantos raios que caíram sobre mim,
Mereço essa paz em seus olhos de diamante.

Não quero mais falar do passado, daquele ciclo negro a partir da primeira ponta de Judah,
Quero falar do presente, da presença, do puro prazer de estar...

Esse quase que veio e se fez mais completo do que muitos completos
Pois nada é completo, tudo é um eterno quase, pronto para ser conquistado
E prestes a escorrer pelas mãos...
E nesse quase completo, fico completamente nesse quase, quase por inteiro.

Depois da tempestade o que veio agora foi apenas garoa,
Então não se deixe levar pelas correntezas que não existem,
Melhor respirar fundo e sentir o cheiro de terra molhada,

A vida é como o texto desse pobre pseudopoeta,
Começa rimando, termina desconexo.
Cada trecho tem uma função crucial,
Cada trecho exige uma compreensão.

 Assim como cada momento.
 Assim como este momento.

Sinto constantemente esse perfume não por estar as vésperas da primavera,
Sinto constantemente esse perfume não porque as flores já preparam o desabrochar,
Sinto constantemente esse perfume não por estar as vésperas da primavera,
Sinto esse perfume pelo simples fato de querer amar.

Depois da tempestade veio o amor,
Não deixe que morra antes de desabrochar,
Por temer nuvens passageiras,
Por temer sentir de novo o desejo de amar.







quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Lembra

Lembra de como era no inicio, entre sorrisos e descobertas,
O ápice do dia se resumia a um abraço gostoso, o “não” que dizia “sim”,
Olhos brilhantes, aquele cheirinho gostoso no pescoço.
Lembra de como foi o primeiro beijo, as vésperas do primeiro obstáculo,
Um dia especial que ficou marcado como inicio dessa dualidade louca.
Felicidade e tristeza medindo forças como nunca...

Lembra das conversas, muitas conversas, algumas causariam
Uma explosão atômica em qualquer relacionamento,
Mas que simplesmente de desenvolveu como mais um tema de
Das nossas boas noites de conversas.
Lembra daquele dia em que tudo deu errado e rimos disso,
E na outra semana demos um belo troco na Lei de Murph.

Lembra quantas vezes pensou que não queria e se questionou,
Lembra quantas vezes decidiu partir, mas sentiu falta e voltou.

Lembra de quantos nos dois lados do campo de batalha,
Disseram que não duraria nada, que logo chegaria ao fim.
De como era grande a incompatibilidade,
Espera aí? Encaixe?
Não sou um tijolo ou um Lego, e você? Também não!
Não somos blocos definidos e limitados,
Estamos em constante transformação.
Limitadas são as mentes que teimam em rotular...

Já se vão seis meses, quase nada, não é?
Talvez as ultimas semanas serviram para transformar,
Dar uma nova visão, trazer certezas, eliminar dúvidas.

Então lembra,
Lembra de hoje à tarde, sorrisos e conversas loucas,
Planos mirabolantes despretensiosos,

Lembra de mim, recebendo essa sua mensagem,
Enquanto escuto aquela música do Alceu,
Sim essa mesma, minha morena.

Lembra disso tudo e me diz que não valeu à pena...
Lembra disso tudo e me diz que não vale segui em frente...
Lembra...




quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Montanha Russa






Montanha Russa.



Até quando esse caminho será como montanha russa?
Até quando agüentar esse sobe e desce, esse looping?

Só desejo paz na mente e amor no coração,
Não gosto de reclamar, brigar, complicar... A vida já é pesada demais.
Mas, como dizem,  não tenho sangue de barata.

Impossível não me envolver, impossível não querer mais...
Impossível não me decepcionar.

Há momentos em que se deve abrir mão do que desejamos,
E talvez esse momento esteja chegando, ou talvez já chegou.
O ser humano não acredita no que é real, acredita no que deseja,
Mesmo que seja mentira... Mentira.

Não quero promessas de um futuro ou de um presente,
Não quero palavras com significados jogados ao vento.
Não quero ouvir o que gostaria de ouvir...

Quero ouvir a realidade, mesmo que seja maldade.
Mesmo que descubra que sou um punhado de areia escorrendo pelos dedos.
Ou um grão dessa mesma areia que teima em entrar nos olhos,
Querendo ser a praia do Arpoador.

Não é difícil fazer valer a pena,
Não é difícil sair da sombra da maldade.
Não é difícil esquecer que é difícil.

Difícil é perceber que os esforços são vistos com indiferença.
Assim como o sol que dá seu espetáculo todas as manhãs,
Mas a maioria da platéia continua em um sono profundo.
Assim vou eu, tentando até achar que chegou ao fim,
Mas o fim se camufla como um camaleão,
Ajustando-se ao colorido da vontade e da ilusão.

Assim sigo nessa montanha russa,
brincando de roleta russa,
Bebendo Vodka russa,
Aplicando a Reversal russa.

Lembrando que meu nome é de origem russa.
só posso constatar que realmente a coisa está russa.
Montanha russa.


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Não sou do tipo.



Não sou do tipo galã, nem do tipo intelectual,
Não sou do tipo cult, nem do tipo machão,
Não sou do tipo sensível, nem do tipo frio dominador,
Definitivamente não sou do tipo... Ou sou do tipo errado.
Aquele que bebe, fuma, faz merda, faz chorar.
Aquele que cuida, faz carinho, dengo, que ouve.
Aquele que sente ciúme, medo, raiva, amor.
Aquele que “quer tudo como quem não quer nada”.

Sem rótulo, sem tipo, sem jeito, sem vergonha.
Não sou e nem pretendo ser aquele dos sonhos de ninguém,
Pois expectativas só trazem decepções.
Não pretendo ter um amor eterno, nem viver na eterna putaria.
Não pretendo...

Quando a vida me der amor, amarei. Quando der dor, chorarei.
Quando der solidão, meditarei. Quando der vida, viverei.

Talvez seja o tipo certo de pessoa errada ou o errado que pode dar certo.

O certo é que quero viver intensamente cada segundo,
O certo é que quero ser FELIZ!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Momentos



Ele tem uma tarde gostosa com ela, faz aquele amor escondidinho e arriscado que trás aquela adrenalina, a noite ela passa da conta da bebida, então ele está ali, cuidando dela, no vento, na chuva, sentado na beira do rio. Sozinhos na multidão que passa pra lá e pra cá atrás deles... Curtindo aquele momento juntos. Pessoas passam e comentam, riem, mas a maioria acha bonitinho, romântico. Então alguém passa e fala: Que lindos, curtindo a fossa juntos e canta “amor i love you"
Ela então começa a cantar a música pra ele, baixinho no ouvido
Os dois cantam juntos, ali sentados, num só coro, corpo, alma, fossa.
Ela se recupera depois de algumas horas, eles então já riem tranquilamente da situação.
Poucas horas depois, no caminho de volta a cidade, a realidade. Ela diz que não sabe o que sente que não sabe se quer. Ele então só diz que seja o que Deus quiser.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sinos




A porta se abriu e com ela o som dos guizos alertando a entrada de alguém,
Então desviei a atenção da tela do computador e olhei, encontrei seus olhos,
Não consegui desviar mais o olhar, desde aquele momento era seu prisioneiro,
Como uma ninfa, como Ametista me dominou com seu olhar, seu sorriso, seus cabelos.
E ouvi a sua voz pela primeira vez, como uma música de um som perfeito jamais ouvido por qualquer mortal, era a língua dos anjos que se fazia presente.
Naquele momento soube que encontrei aquela que faria meu coração bater novamente,
Que me faria ter calafrios, sentir medo, felicidade, ódio e carinho, muito carinho.
Já se passaram quatro meses praticamente, e ainda estamos aqui, juntos nessa montanha russa. Mas em verdade te digo, vale a pena cada minuto ao seu lado, cada sorriso que consigo de ti, olhar de quem quer carinho, abraço apertado, cada beijo que causa um suspiro profundo ou aquele na testa como demonstração do mais profundo respeito e ternura. Não há nada definido, posso te perder em breve, ou mesmo agora. Mas digo sem medo do que possa vir pela frente que aqueles guizos, foram na verdade sinos, Os anjos traziam amor de volta a minha vida.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O veneno quando não mata, cura.




Quantas vezes a tristeza, sempre sorrateira, invade um dia feliz,sem pedir licença
Fazendo sombra, secando o peito e molhando os olhos,  tirando a cor do dia.
Trazendo consigo seus melhores companheiros, sutis como penas e pesados como chumbo,
Vem medo, raiva, ciúme, solidão, entra sem avisar, me faz companhia.

Como num baile de máscaras se camuflam em você,
Invadindo cada pensamento como um vírus virtual,
Já dominado pelas emoções não consigo entender,
Tudo agora é você, tudo agora dói... Uma dor letal.

Então volta você como se nada tivesse acontecido, voz doce e sorriso,
Liga-me, chama, abraça, me beija como se fosse o ultimo dia,
É bem dito e sabemos que do próprio veneno é feito o antídoto,
Então o mundo volta a ter cor, o mundo volta a ter alegria.

Mas a cada dose lenta desse doce veneno,
Uma mesma fração de resistência se cria,
Já não creio que algum dia juntos, Um seremos,
E eu parta sem você, rumo ao esquecer, um dia.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sorriso




Sorria sempre, mesmo que seja naquela rua movimentada olhando a mensagem no celular, que te chamem de louco, e daí?
Mais vale ser louco e feliz... O sorriso, a risada por coisas bobas afasta as preocupações, as tristezas, a raiva e tudo de ruim. Quando alguém te faz rir sem pensa em nada , esquecer de tudo mesmo, nesse momento que nada existe além de risos e alegrias, que você percebe que o melhor momento para ser feliz é agora!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Velho Jack

Resta-me essa boa garrafa do velho Jack
e algumas palavras perdidas ao vento.
Sem nada valer como meu próprio cheque,
Saboreio cada gole desse doce tormento.

Na companhia de guardanapos e canetas,
Como uma velha nova amiga me ensinou,
Palavras que ferem mais que tiro de escopeta,
Palavras para entender que o mundo não acabou.

Meu escritório é aqui entre sinucas, baralhos e garrafas sortidas,
Meu trabalho é passar para o papel tudo aquilo que é, às vezes mesmo sem ser,
Minha missão é revirar e sacudir cada coisa escondida,
Dentro de mentes que um dia esqueceram que nem tudo se deve esquecer.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A simplicidade de Ser e simplesmente Ser...




A simplicidade de Ser e simplesmente Ser...
É tão simples sorrir sem se preocupar em armar as armadilhas de Kama.
Ser, sem se preocupar com ‘aonde’, ‘como’, ‘porque’, ’ter’... Sem se preocupar...
A sensação da barriga doendo e a falta de ar de boas gargalhadas como o bem mais valioso... Algo que merece ter o nome de Real... A felicidade em todas as suas potencialidades. A sonoridade que contagia, contamina, conduz e domina... Soa como música e de nota em nota invade e enche o coração de alegria e faz esquecer todos os problemas, mostrando que o melhor remédio para o mundo é sorrir.

sábado, 4 de junho de 2011



Sons, Vozes... Ruídos
Chuva... Vento, sol
A porta bate, trazendo-me o silêncio necessário para continuar essas linhas, mas o som da gralha, como sempre, continua alto, irritante, um fanho choroso... Cala a boca!
A foto do post está pronta...

Não sei o que escrever, não sei se rimo, se falo de você.
Não sei se entro de vez ou se tento esquecer,
Não sei se vale à pena esperar, esperar e parar,
Se valem tantos grãos da minha ampulheta,
Não sei se vale agradar,
Se vale pagar o preço da etiqueta.

Se vale ofender, quase sem querer, discretamente com esses versos...

A vida é como o tempo, a natureza... As vezes chove, as vezes faz sol,
Se chove muito, reclamamos...
Se faz muito sol, reclamamos...
Se venta muito, temos medo...
Mesmo que ainda seja cedo...

Se o tempo para, muitas vezes nem percebemos. Um espetáculo único...
Para o vento, os pássaros, as nuvens... O tempo... E tudo se torna um...

Mas logo tudo volta ao normal... E como nuvens, mudamos nossa forma a cada segundo,
Por mais que pareçamos os mesmos, por mais que sejamos só água...

Entre leões, nascimentos e filosofias estou aqui sem arriscar nada disso,
Esperando a revelação da velha novidades...
Para dizer que não estou nem aí para isso,
E que Senti na palma da mão a verdade,
E não vejo problema nisso,
Mas cabe a cada um escolher sua realidade...

Eu escolhi a minha... Liberdade!

domingo, 8 de maio de 2011

Segundo o Coringa... "Eu acredito que tudo o que não te mata te torna mais...estranho!"




Estranho: alguém que não conhecemos; que tem comportamentos diferentes dos demais.
Sendo assim se destaca do comum, torna-se imprevisível enquanto os demais continuam previsíveis, Surge aí uma vantagem ao “estranho”... Logo, tem um ponto a mais, se torna mais forte perante os outros. Opa! Peraê ... Forte? Voltamos ao original, mas com uma nova visão, mais específica... Exploramos então as várias possibilidades latentes na frase original ou acabamos de cometer uma heresia? ( Rá! Heresia ficou ótimo, tio bigode virou no túmulo agora) Será que vão querer me matar depois dessa? Conheço alguns que vão... Mas se não conseguirem “ O que não me mata me fortalece.”

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Décimo Caminho.




Juro-te que acordei feliz,
Mas o dia me mostrou o que me nego a ver,
Sentado, agoniado, sofro pelo que não fiz.
Coisas que ninguém pode entender.

Saudade de tudo o que nunca fiz,
De tudo que só os que amam saberão.
É a maldição dos que trilham o caminho que escolhi,
O mundo na palma de sua mão, em troca do seu coração.

Diga a todos que ainda estou aqui,
Maia não mais me quer em seus braços,
Pois tenho uma porta para abrir.

Só me cabe agora caminhar.
Uma vez rasgado o véu de maia.
Não há como mais voltar.