quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

continente perdido.




Lembranças... continente perdido.
Era noite... Mantus já fazia sua ronda... Ouro, pedras preciosas, já não ofereciam status nem proteção... Uma a uma, sete cidades sucumbiram... Olhe a sua volta, o que antes era glória, beleza, amor e paz, se tornara escuridão, ganância, luxuria, ódio... O sexo virou o veneno da alma , a sabedoria ,jogada no lixo... Já não havia mais o que fazer, somente esperar o senhor da escuridão completar seu trabalho... Mantus já chegara a oitava cidade, os gêmeos, filhos dos céus já estavam mortos, tudo estremecera repentinamente como folhas de uma árvore sacudida pela tormenta que nuvens de fogo e fumaça elevaram-se dos palácios, gritos de horror... Todos buscavam os templos como refúgio. E o sábio portador do verbo solar apresentando-se diante do povo aterrorizado, falou:
- Não vos predisse eu todas essas coisas???
E o povo, coberto de pedras preciosas e custosas vestes, clamaram:
- Ó grande sábio, salva-nos!!!
E este respondeu:
- Morrereis com vossos escravos, vossas riquezas, e de vossas cinzas surgirão outros povos. Se eles, porém, vos imitarem, esquecendo-se que devem ser superiores, não pelo que adquirem, mas pelo que são, a mesma sorte lhes caberá. Sabeis ao menos morrer, já que não soubestes viver , pois que mesmo , agora , o mais que eu posso fazer , é morrer juntamente convosco...
Ao acabar de pronunciar estas palavras o mestre e eu abrimos os braços e nos voltamos para o ocidente, mar e fogo engoliram o continente...

sábado, 26 de dezembro de 2009

Tempos modernos




Prefiro o silêncio,
Atuar nesse personagem de um sono profundo,
Esconder esse sorriso amarelo, olhar distante...
Prefiro o silêncio... Só ele é capaz de preservar nossa boa comunicação nesses dias,
Onde palavras são proferidas sem saber aonde vão nem por que vieram,
Onde braços e abraços se enroscam por quase nada,
Onde valores são vagamente lembrados e simbolizados
E a barriga cheia fala sobre aqueles que têm fome,
O que estamos comemorando mesmo?
Qual o significado disso?
E você... Realmente vive esse significado?
Parece-me que virou sinônimo de rabanada, salada de bacalhau,
Vinho, shopping cheio e presente.
Não me sinto diferente disso, também não mudei nada,
Não vivi esse significado... Só escrevi isso aqui, por observar e nada fazer sentido,
Ou não fazer o sentido que deveria.
Por isso prefiro o silêncio.

domingo, 20 de dezembro de 2009

O Vento



Ela vem com o vento,
Sacudindo as roupas do varal,
Trazendo nos lábios um silencio mortal,
E nos olhos o segredo do tempo.

Vem, sacode meu mundo mais uma vez,
Agora não mais vou balançar,
Nem me entregar,
Ao vento pálido e frio mais uma vez.

Cada vez que o vento volta,
Destruir meu castelo de cartas,
Seguir em frente já me basta,
E o futuro me abre as portas.

Já não mais vai me encontrar,
Pois como vento agora eu sumo.
Sem rumo, sem casa, sem prumo.
Sem castelos para você derrubar.

domingo, 20 de setembro de 2009

Nada como uma boa conversa...



Simplicidade Incrivel

A simplicidade acaba com qualquer vaidade
daí vc consegue ver um pouco da essencia do ser humano
chega de fantasias... é verdade...
o mundo dos solteiros é um visual de filme americano.

Não quero saber de baladas, pra mim já é um absurdo,
Só quero que vc me tire dessa furada
De muita gente com nada de conteúdo,
Já namorei porcarias demais
Sozinho estou por falta de uma boa opção
Querer Viver a simplicidade, meu mundo na palma de minhas mãos.


A simplicidade é incrivel
Eu tenho o mundo em minhas mãos
Felicidade já não é impossivel
minha fonte de renovação.

Histórias temos pra contar
Muito mais da mesma fonte da juventude
Uma amizade é o início do despertar
Sensibilidade é mais que uma virtude.

Seus olhos localizam os meus
E dizem mais que qualquer palavra desse mundo,
Te quero, espero, ligue...
Se é pra mergulhar então que seja bem profundo.

A simplicidade é incrivel
Eu tenho o mundo em minhas mãos
Felicidade já não é impossivel
minha fonte de renovação.

Não sei se parece besteira
Mas hoje o amanhã me parece feliz
Eu quero sua presença de alguma maneira,
Memórias de um futuro que sempre quis.

sábado, 25 de julho de 2009

Realismo de Romeu e Julieta


“Dois idiotas se apaixonam, são felizes por um curto espaço de tempo... e aí acontece uma merda!”
E não é que é verdade?!! Passando o período de paixonite aguda, onde tudo é lindo e maravilhoso o que sobra? A realidade... Quando começamos a conhecer realmente quem está ao nosso lado, todas as mazelas, medos, virtudes. Onde deixamos de ver nossas idealizações de amor e passamos a ver a pessoa simples, louca e imperfeita como tem que ser... E esse momento é decisivo...
É o momento que você deixa de amar idealizações e deve amar defeitos ou cair fora...
A felicidade não está em amar a estagnação do perfeito e sim os altos e baixos do imperfeito.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O Lobo e a Fênix




Certa vez um Lobo que vivia em uma bela floresta aparentemente calma foi surpreendido por uma forte tempestade fora de época, no início tudo correu bem, pois não seria uma simples tempestade que causaria algum problema a uma criatura tão forte e vivaz, com o passar das semanas a severa tempestade continuava e o Lobo começou a enfrentar problemas, a caça já era escassa, o frio cortante, que era capaz de atingir a alma e para piorar a situação já começava os sinais de neve, não havia explicação para tal fenômeno e também não caberia buscá-la no momento já que não adiantaria em nada. Certo dia ele acha uma caverna, quente e confortável... Dentro da caverna ele descobre algo fascinante, uma velha ave que se deita em um ninho e começa arder em chamas e quando ele chega perto encontra uma bola com um brilho singular, tão belo que o lobo ficou horas olhando estático... Aquela espécie de ovo aquecia o interior da caverna com o seu brilho flamejante. E os meses e passaram o lobo junto ao ovo que lhe aquecia a alma, até que um dia o brilho começa a se intensificar e o ovo se abre em chamas, com uma luz tão forte que era impossível olhar. De dentro surge uma bela ave, a Fênix, ela olha para o Lobo com uma admiração e gratidão, pelos meses de vigília e voa para fora da caverna, ele vai atrás correndo e chegando na entrada da caverna vê a Fênix que some no horizonte em direção ao pôr-do-sol e só então o lobo se dá conta que a tempestade passou e que a floresta está renovada... Então o Lobo sente no peito um calor, como as chamas da Fênix e percebe que ele mesmo também está renovado, como se um novo Lobo acabasse de surgir para a Vida.

terça-feira, 9 de junho de 2009


"Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender -
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer

Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada."

Pessoa,

Sem muito a dizer, estou de mau humor

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Amor? ( da série os mais chatos clichês sobre amor)


Aonde termina o amor e começa o medo da solidão?
E o amor próprio? Porque deixamos de lado quando nos vem à mente o medo de perder a pessoa amada?
Por que quase sempre não temos valor quando nos dedicamos a alguém?
Porque essa pessoa só vai dar valor quando perder...
E assim sempre viverá no passado... Sempre dando valor a quem já passou e nunca vivendo no presente e aproveitando o presente?
E quem sofre com o amor não correspondido, sempre sofre antecipado, com medo do futuro, medo de perder, de não ser amado e não vive o presente.
Duas pessoas “pseudo-juntas”, sendo uma vivendo no passado idealizado de um amor “perfeito” que nunca mais irá volta e assim não se permite viver amores mais intensos, de outro lado uma pessoa que vive no futuro, com medos, anseios, traumas... Sempre pensando que vai da tudo errado, que vai ficar sozinho, que vai sofrer muito sem a pessoa. E pensa que tudo poderia ser tão perfeito quanto os dois idealizaram no início.
Assim duas pessoas vivem juntas no mesmo espaço, mas em tempos diferentes, ao passo que poderiam e deveriam viver apenas o presente!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Fora de Foco


Fora de Foco

Pensamentos destrutivos são aqueles que te prendem a situações frustrantes e mal resolvidas. Uma decepção, vontade de fazer, dor por não conseguir algo, ciúmes, medo, raiva... Podem te prender no “tempo” ou no “não-tempo”! Algo que te faz ficar pensando sem parar e não o deixa viver. O tempo passa, as coisas mudam, as oportunidades vêm e vão, e você se pré-ocupando com algo que só o tempo dirá e só você vivendo se resolverá!
Perde-se coisas e pessoas pelo medo de perder, o medo é a ruína de tudo...
Viva e deixe viver... Viva!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Da Espontaneidade.


Não sou ator,
Não sei fingir o que sinto,
Maquiar meu humor.
Sei sentir o que sinto, aqui,
Agora, ódio, tristeza, raiva.
Não sei sorrir para agradar,
Meu sorriso tem vontade própria,
Só aparece quando estou feliz.
Alegria, paz, esperança, Amor...
Não sei fingir tais sentimentos,

Amo o que amo, não o que querem que eu ame,
Quem finge só engana os desatentos,
Os que por algum motivo só estão ali fisicamente,
Mas com a mente em outro lugar, provavelmente
Mais agradável que sua própria realidade.
Pobre imbecil que sou por não saber mentir, Fazer social,
Talvez assim pudesse experimentar ao menos
Na ficção tais sentimentos.

sexta-feira, 27 de março de 2009



Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças

(Eternal Sunshine of the Spotless Mind, 2004) » Direção: Michel Gondry» Roteiro: Charlie Kaufman, Michel Gondry, Pierre Bismuth» Gênero: Drama/Ficção Científica/Romance
» Origem: Estados Unidos
» Duração: 108 minutos
» Tipo: Longa
» Trailer: clique aqui
» Site: clique aqui
» Sinopse: Jim Carrey interpreta Joel, um marido magoado por sua esposa tê-lo deletado (literalmente) de sua memória. Inconformado, resolve retribuir na mesma moeda e procura o Doutor Howard Mierzwiak para passar pela mesma experiência. No decorrer da operação, Joel percebe que, na verdade, ele não quer excluir Clementine de sua vida, e sim manter bem viva em sua memória os momentos em que estiveram felizes. A partir de então, ele enfrenta uma incrível luta dentro de sua própria cabeça para que essas memórias continuem vivas dentro de si, em mais uma loucura sensível de Charlie Kaufman.
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Pra quem não viu ainda, vale a pena conferir...
O filme faz refletir sobre questões importantes não só no campo dos relacionamentos amorosos, mas na vida como um todo... Se você pudesse apagar algumas memórias de sua mente, quais apagariam? Por quê? Será que realmente você viveria feliz sem essas experiências mesmo que elas tenham sido ruins? Talvez separadas elas tenham um peso, mas quando analisadas dentro do contexto de toda a experiência...
Enfim, deixo pra vocês a dica e tirem suas próprias conclusões.

terça-feira, 24 de março de 2009


Sempre caímos nos buracos da vida, mesmo sabendo que eles estão lá, mesmo sabendo o que fazer para não cair e o que acontece se cairmos! Mas vezes fazemos questão de não só cair, mas nos jogar de cabeça, sabendo que vai doer muito e por muito tempo! O pior é que mesmo doendo, mesmo nos ferindo achamos uma maravilha ... O ser humano tem tendência natural para ser masoquista sentimental! “Somos tão criativos que se não temos problemas nós os inventamos!”

Não leia...


Não sei qual motivo me levou a criar esse blog... Provavelmente ninguém vai ler nada disso ou talvez vão ler e rir de tanto clichê em um único lugar ao mesmo tempo!Também não estou aqui pra impressionar ninguém com um belíssimo português dentro de todas as normas e regras cultas de nossa querida língua! Apenas quero despejar aqui todos esses sentimentos guardados... Uma criativa válvula de escape, deixando sair toda essa frustração de quem acredita numa fantasia chamada amor, que age como uma droga, um entorpecente. Deixa-nos cegos e ao mesmo tempo com percepções extra-sensoriais, nos faz ver coisas onde não tem e perceber coisas que ninguém conseguiria perceber em estado normal, esse bem/mal que nos faz sentir coisas que muitos chamariam de impossíveis como uma triste felicidade. Acredito nisso, que me deixa cabisbaixo, alegre, triste, apaixonado, chorando e com esperanças de que duas pessoas podem realmente ser felizes. Esse é o meu mundo do confete, onde acredito que muitas coisas perdidas no tempo possam ser realidade!