sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ode a Primavera








Que a primavera venha com novos ventos,
Renovando o fôlego, vem lua nova.
Abra novos caminhos...
Mostrando que tudo se renova.

Iniciando esse novo ciclo,
Com ele o desejo de mudança,
O Anseio por paz e conquista,
E a vontade de amar... De esperança.

Deusa da primavera que renasce após a partida da anciã,
Que sua luz brilhe sobre nós através de suas filhas na terra,
Que seu perfume acalme nossas almas marcadas pelo Inverno,
Que suas flores nos tragam sorrisos sinceros e puros,
Que o brilho dos seus olhos busque a verdade no fundo dos corações,
E o toque dos seus lábios de doçura a nossos espíritos.

Que o brilho e o perfume da primavera vibrem no coração de todos os seres.







quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Depois da tempestade





Depois da tempestade o sol voltou a sorrir para mim,
Seu brilho noturno em plena sexta-feira fumegante,
Depois de tantos raios que caíram sobre mim,
Mereço essa paz em seus olhos de diamante.

Não quero mais falar do passado, daquele ciclo negro a partir da primeira ponta de Judah,
Quero falar do presente, da presença, do puro prazer de estar...

Esse quase que veio e se fez mais completo do que muitos completos
Pois nada é completo, tudo é um eterno quase, pronto para ser conquistado
E prestes a escorrer pelas mãos...
E nesse quase completo, fico completamente nesse quase, quase por inteiro.

Depois da tempestade o que veio agora foi apenas garoa,
Então não se deixe levar pelas correntezas que não existem,
Melhor respirar fundo e sentir o cheiro de terra molhada,

A vida é como o texto desse pobre pseudopoeta,
Começa rimando, termina desconexo.
Cada trecho tem uma função crucial,
Cada trecho exige uma compreensão.

 Assim como cada momento.
 Assim como este momento.

Sinto constantemente esse perfume não por estar as vésperas da primavera,
Sinto constantemente esse perfume não porque as flores já preparam o desabrochar,
Sinto constantemente esse perfume não por estar as vésperas da primavera,
Sinto esse perfume pelo simples fato de querer amar.

Depois da tempestade veio o amor,
Não deixe que morra antes de desabrochar,
Por temer nuvens passageiras,
Por temer sentir de novo o desejo de amar.







quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Lembra

Lembra de como era no inicio, entre sorrisos e descobertas,
O ápice do dia se resumia a um abraço gostoso, o “não” que dizia “sim”,
Olhos brilhantes, aquele cheirinho gostoso no pescoço.
Lembra de como foi o primeiro beijo, as vésperas do primeiro obstáculo,
Um dia especial que ficou marcado como inicio dessa dualidade louca.
Felicidade e tristeza medindo forças como nunca...

Lembra das conversas, muitas conversas, algumas causariam
Uma explosão atômica em qualquer relacionamento,
Mas que simplesmente de desenvolveu como mais um tema de
Das nossas boas noites de conversas.
Lembra daquele dia em que tudo deu errado e rimos disso,
E na outra semana demos um belo troco na Lei de Murph.

Lembra quantas vezes pensou que não queria e se questionou,
Lembra quantas vezes decidiu partir, mas sentiu falta e voltou.

Lembra de quantos nos dois lados do campo de batalha,
Disseram que não duraria nada, que logo chegaria ao fim.
De como era grande a incompatibilidade,
Espera aí? Encaixe?
Não sou um tijolo ou um Lego, e você? Também não!
Não somos blocos definidos e limitados,
Estamos em constante transformação.
Limitadas são as mentes que teimam em rotular...

Já se vão seis meses, quase nada, não é?
Talvez as ultimas semanas serviram para transformar,
Dar uma nova visão, trazer certezas, eliminar dúvidas.

Então lembra,
Lembra de hoje à tarde, sorrisos e conversas loucas,
Planos mirabolantes despretensiosos,

Lembra de mim, recebendo essa sua mensagem,
Enquanto escuto aquela música do Alceu,
Sim essa mesma, minha morena.

Lembra disso tudo e me diz que não valeu à pena...
Lembra disso tudo e me diz que não vale segui em frente...
Lembra...




quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Montanha Russa






Montanha Russa.



Até quando esse caminho será como montanha russa?
Até quando agüentar esse sobe e desce, esse looping?

Só desejo paz na mente e amor no coração,
Não gosto de reclamar, brigar, complicar... A vida já é pesada demais.
Mas, como dizem,  não tenho sangue de barata.

Impossível não me envolver, impossível não querer mais...
Impossível não me decepcionar.

Há momentos em que se deve abrir mão do que desejamos,
E talvez esse momento esteja chegando, ou talvez já chegou.
O ser humano não acredita no que é real, acredita no que deseja,
Mesmo que seja mentira... Mentira.

Não quero promessas de um futuro ou de um presente,
Não quero palavras com significados jogados ao vento.
Não quero ouvir o que gostaria de ouvir...

Quero ouvir a realidade, mesmo que seja maldade.
Mesmo que descubra que sou um punhado de areia escorrendo pelos dedos.
Ou um grão dessa mesma areia que teima em entrar nos olhos,
Querendo ser a praia do Arpoador.

Não é difícil fazer valer a pena,
Não é difícil sair da sombra da maldade.
Não é difícil esquecer que é difícil.

Difícil é perceber que os esforços são vistos com indiferença.
Assim como o sol que dá seu espetáculo todas as manhãs,
Mas a maioria da platéia continua em um sono profundo.
Assim vou eu, tentando até achar que chegou ao fim,
Mas o fim se camufla como um camaleão,
Ajustando-se ao colorido da vontade e da ilusão.

Assim sigo nessa montanha russa,
brincando de roleta russa,
Bebendo Vodka russa,
Aplicando a Reversal russa.

Lembrando que meu nome é de origem russa.
só posso constatar que realmente a coisa está russa.
Montanha russa.