segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Tapas na cara


São 8:15 da matina de uma segunda-feira típica. Peço um pingado e um pão na chapa, o velho Bukowski, que me entende bem, continua me contando sobre o cão dos diabos. Estou longe de dar alguma importância a minha dor, não sou egoísta a esse ponto. A garçonete vem com o café, com um olhar distante, inquieto, sofrido... Servindo, varrendo, aturando o humor ácido de seu chefe com cara de porco explorador. O celular só me informa a hora, não me conta o que quero ouvir... Então peço mais um café, mais energia para esse dia de ócio nada criativo. O pensamento acelera, maldita cafeína que ativa esse macaquinho mental que pula de um problema ao outro, da falta e grana aos estudos, do meu tênis furado a nova tatuagem que pensei em fazer. Nunca vi ninguém fazer uma analogia de problemas com bananas, problemas são baratos demais para isso. Quando começo a perceber pessoas gralhando a minha volta. falando sem dizer nada, felizes são elas sem julgar seus problemas complexos, sem pensar que sabem os mistérios da vida, sem achar que são  pensadores... A vida está aí pronta para te dar tapas na cara e quanto mais você acha que sabe, mais você vai apanhar.

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